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Prédio da Caixa

As lutas por moradia em Niterói revelam um cenário de intensos conflitos urbanos relacionados ao direito à cidade, marcado pela disputa por território, remoções forçadas e a resistência organizada de moradores e movimentos sociais. Essas disputas têm sido acompanhadas de forma ativa por coletivos e grupos de pesquisa vinculados à Universidade Federal Fluminense (UFF), como o Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos (NEPHU) e o Fórum de Luta pela Moradia, que atuam na articulação entre saber acadêmico e práticas comunitárias.

Através de iniciativas de mapeamento crítico, como o projeto “Mapeando os Conflitos por Moradia: Lutas em Niterói”, foram identificados os principais agentes envolvidos nas disputas: de um lado, moradores de ocupações e movimentos como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e o MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia); de outro, forças antagonistas como o poder público, o mercado imobiliário e a especulação urbana. O estudo também aponta os principais objetos de conflito: ameaças de despejo, ausência de políticas habitacionais efetivas e negação do direito à permanência nos territórios populares. Um exemplo concreto dessas disputas é o que tem acontecido em torno do prédio da Caixa, na Avenida Amaral Peixoto.

A produção de cartografias críticas tem sido uma ferramenta central nesse processo, ao permitir a visualização das dinâmicas espaciais dos conflitos e destacar a invisibilização de populações vulneráveis pelas lógicas hegemônicas do planejamento urbano. Essas práticas foram detalhadas em documentos como o relatório “Lutas em Niterói”, que reúne dados empíricos, registros comunitários e análises produzidas por estudantes e pesquisadores da UFF, ampliando a dimensão pública do debate sobre moradia e uso do solo. Durante a pandemia de Covid-19, o Fórum de Luta pela Moradia, com o suporte técnico e logístico do NEPHU, organizou ações para mitigar os efeitos da crise sanitária. Essa iniciativa, além de fortalecer redes de apoio mútuo, reforçou a presença dos movimentos sociais nos territórios.

A atuação universitária também se deu por meio de projetos de extensão financiados pela PROEX/UFF, como “A Universidade e o Direito à Cidade: acompanhando e mapeando conflitos”, que mobilizaram estudantes e professores em ações colaborativas, incluindo assessoria técnica, produção audiovisual, oficinas comunitárias e organização de debates públicos. Essas ações vêm consolidando um campo de prática que articula conhecimento acadêmico com demandas populares, contribuindo para a formação crítica dos estudantes e para o fortalecimento das lutas sociais locais. As experiências relatadas demonstram como a universidade pública pode exercer um papel relevante na mediação de conflitos urbanos, atuando como ponte entre saberes acadêmicos e populares e fortalecendo o direito à cidade como horizonte coletivo.


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